Insano
Fugir das minhas dores,
Fugir dos meus traumas,
Fugir dos meus pensamentos,
Fugir do meu eu.
Mas, por qualquer lugar aonde eu vá,
levo comigo tudo o que sou: todas as coisas que tento esquecer e as coisas que eu desejo guardar pra sempre.
O que sou?
Pra onde vou?
Quem sou?
São tantas perguntas para tão poucas respostas,
Tantas dores com tão poucos recursos,
Tanta loucura e tão pouca compreensão,
Tanto amor para tão poucas pessoas dispostas a recebê-lo.
Este vazio que me atormenta.
Essa insanidade diária que não se finda.
Procuro preencher o vazio que há em mim.
Tento me preencher com tantas coisas.
Mas, por mais que eu leve pra dentro de mim tantas coisas, o vazio insiste em aumentar.
É como um animal insaciável, sempre querendo mais.
E as pessoas?
Será que elas estão dispostas a nos ajudar a preencher este vazio?
E nós?
Estaríamos abertos para que outros nos preencham?
Mais perguntas.
Nesta sociedade individualista e mesquinha, acabamos vivendo tão egoistamente que não percebemos que aquilo que não queremos oferecer é exatamente o que queremos receber.
Tentamos nos manter tão independentes que esquecemos a natureza dependente que temos.
Não queremos estar nem ser dependentes de ninguém, mas queremos que nos procurem, que nos amem e que nos protejam.
Basta de tanto mentir para mim mesmo.
Basta de tanta indiferença.
Basta deste sentimento de independência inútil que nos remete a uma solidão deprimente.
Sou feliz por ser único
e ao mesmo tempo
totalmente dependente.
Nossa, me identifiquei demais com este texto, parece que vc ta me descrevendo. Vc tem uma visão dos sentimentos que é uma coisa fantástica. Parabéns!!
ResponderExcluirOlá, meu caro. Fiquei muito tempo sem utilizar o blog. Espero que esteja por aqui. Muito obrigado pelas suas palavras, saudades dos seus textos.
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